Entre as mudanças propostas pelo Novo Ensino Médio (reforma estabelecida pela Lei N° 13.415, de 16 de fevereiro de 2017) estão a valorização do protagonismo juvenil e a flexibilização do currículo nessa etapa de ensino, resultando no rompimento com a lógica das disciplinas ao se introduzirem as competências e as habilidades por áreas do conhecimento ( Linguagem e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e a Formação Técnica Profissional. Assim, as redes devem organizar seus currículos de forma que os componentes de uma mesma área sejam trabalhados de forma integrada. Língua Portuguesa e Matemática são as únicas disciplinas com habilidades específicas, que precisarão ser trabalhadas obrigatoriamente durante toda extensão do Ensino Médio.
A Formação Geral Básica é composta por competências e habilidades previstas na BNCC, a ser enriquecida pelo contexto histórico, econômico, social, ambiental e cultural local, do mundo do trabalho e da prática social. Possui carga horária total máxima de 1.800 horas e deverá ser organizada nas quatro áreas de conhecimento (BRASIL, 2018).
3. O que são Itinerários Formativos?
Os Itinerários Formativos representam a parte flexível do currículo, com carga horária de 1.200 horas. Devem ser orientados para o aprofundamento acadêmico e a ampliação das aprendizagens em uma ou mais áreas do conhecimento da base comum ou para a formação técnica e profissional. Essa estrutura busca atender as especificidades locais e a multiplicidade de interesses dos estudantes, estimulando o exercício do protagonismo juvenil.
4. Como ensinar as competências?
É importante assinalar que a ideia proposta pela BNCC não é a de planejar uma aula específica sobre essas competências, mas sim de articular a sua aprendizagem à de outras habilidades relacionadas às áreas do conhecimento. Como se pode observar, algumas dessas competências estão relacionadas ao desenvolvimento socioemocional, e este, para que efetivamente aconteça, deve ser incorporado ao cotidiano escolar, permeando disciplinas e ações. O desafio, portanto, é complexo, pois impacta não apenas os currículos, mas nos processos de ensino e aprendizagem, gestão, formação de professores e avaliação.
5. O que são Eletivas?
As eletivas são unidades curriculares organizadas pelas escolas, ouvindo-se os interesses dos estudantes e dos professores. As eletivas podem ou não estar diretamente ligadas à área de conhecimento e trilha que o estudante escolheu seguir. Elas têm o potencial de ampliar o universo de conhecimento dos estudantes, dialogando com seus vários interesses. devem apresentar temáticas provocadoras da curiosidade e do interesse do estudante, propondo metodologias e práticas educativas ativas e diversificadas. Elas também devem apresentar temáticas provocadoras da curiosidade e do interesse do estudante, propondo metodologias e práticas educativas ativas e diversificadas.
6. O que é Projeto de Vida?
O Projeto de Vida é um componente curricular do Novo Ensino Médio. De acordo com a Lei n.º 13.415/2017, que estabelece as diretrizes e as bases da educação nacional, em seu artigo 3º § 7º, “os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu Projeto de Vida e para sua formação nos aspectos físicos, cognitivos e socioemocionais”.
7. Quais são os objetivos do Projeto de Vida?
O principal objetivo do projeto de vida é fomentar o protagonismo e a autonomia do estudante em suas escolhas. Focado na formação integral, o projeto de vida estimula o desenvolvimento de habilidades como cooperação, compreensão, domínio de tecnologias, defesa de ideias e análise crítica da realidade. Promove, em última instância, o autoconhecimento, estimulando os alunos a refletirem com profundidade sobre suas identidades e papéis na sociedade. Este mergulho interno dá ferramentas, em teoria e em prática, para decisões e planejamentos mais conscientes sobre o futuro. Nas diretrizes do Novo Ensino Médio, este processo reflexivo inicia ainda na educação básica, respaldado por profissionais capacitados para instigar e apresentar possibilidades.
8. Projeto de Vida na escola – Como colocar em prática?
Trazer o projeto de vida como competência na dinâmica escolar é um dos desafios propostos pelo Novo Ensino Médio. Existem diversas abordagens a serem exploradas por professores e instituições de ensino, desde que o foco esteja no reconhecimento das potencialidades dos alunos. Avaliações contínuas devem ser adotadas a fim de mensurar a evolução de competências que fogem do currículo tradicional. Interação, comunicação, escuta, cooperação, partilha e realização devem ser estimulados pela escola.
9. O que é o PRA (Plano de Recomposição de Aprendizagem)?
É uma ação de toda comunidades escolar que tem por finalidade implementar, no ano letivo de 2022, estratégias de intervenção na aprendizagem e de consolidação de habilidades consideradas relevantes e inegociáveis para a vida e trajetória escolar do estudante, com vistas à redução das desigualdades de aprendizagem entre os estudantes da rede estadual de ensino.
Diário Oficial – DO10819_03_05_2022 (spdo.ms.gov.br)
10. O que compete ao Coordenador do Plano de Recomposição das Aprendizagens?
a) articular com a gestão e os docentes as ações da recomposição, bem como monitorar a implementação e eficácia das estratégias desenhadas no PRA-MS;
b) participar das atividades de formação, das reuniões e dos encontros;
c) assessorar a tomada de decisões que garantam infraestrutura e condições adequadas para
as atividades de recomposição, bem como responsabilizar-se pela gestão dos materiais didático-pedagógicos e das atividades inerentes ao PRA-MS;
d) coordenar e acompanhar, por meio dos instrumentos de gestão escolar, os encontros de planejamento das ações de recomposição;
e) elaborar e encaminhar relatório mensal de desempenho à Coordenadoria Regional de Educação, apresentando as atividades inerentes à função que foram desenvolvidas;
f) acompanhar, subsidiar e orientar, sistematicamente, o planejamento e a execução do
trabalho pedagógico da recomposição das aprendizagens.
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